Data Favela inicia maior pesquisa sobre a realidade das favelas brasileiras; Macapá será um dos focos
O Data Favela, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) de todo o Brasil, dá início à maior pesquisa já realizada sobre a realidade das favelas no país. No Amapá, a coleta de dados será feita em diversas comunidades de Macapá, a começar no sábado, 5, no Conjunto Miracema, às 15h. A ação contará com o apoio de mais de dezenas de pesquisadores voluntários, todos treinados para ouvir e registrar as vivências dos moradores ao longo do mês.
No domingo, a pesquisa acontecerá nas comunidades do Novo Horizonte, também às 15h. O levantamento busca mapear hábitos, costumes, preferências, comportamentos e desafios enfrentados pelas populações que vivem nas periferias urbanas, com abrangência nacional. A iniciativa é considerada um marco na produção de dados sobre um segmento historicamente invisibilizado pelas pesquisas tradicionais.
“A importância de fazer esse levantamento vai além dos números. É sobre garantir que a voz das favelas seja ouvida e que nossas realidades sejam levadas em conta na formulação de políticas públicas”, destacou a presidente da Cufa Amapá, Alzira Nogueira.
Além de gerar dados robustos, o estudo pretende jogar luz sobre potencialidades econômicas e culturais desses territórios, contribuindo para quebrar estigmas e construir soluções mais adequadas às necessidades reais das comunidades.
A pesquisa passará por favelas em todos os estados do país e será a base para relatórios que servirão de apoio a governos, empresas, organizações da sociedade civil e universidades que atuam ou desejam atuar nesses espaços.
“A favela não é carência, é potência. Esse estudo mostra justamente isso: quem somos, o que queremos e para onde podemos ir com mais oportunidades”, completa Alzira.
Itinerário das pesquisas de campo deste final de semana:
Sábado (05/07), Conjunto Miracema, às 15h
Domingo (06/07), Novo Horizonte, às 15h
