Maternidade Mãe Luzia já realizou mais de 1,6 mil testes do coraçãozinho em 2025

Em apenas seis meses de 2025, mais de 1,6 mil recém-nascidos passaram pelo teste do coraçãozinho na maternidade do Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá. O exame, que integra a triagem neonatal obrigatória, é simples, indolor e essencial para a detecção precoce de doenças cardíacas graves.
Desde dezembro de 2024, a unidade passou a realizar o teste como parte dos cinco exames previstos na triagem neonatal: teste do pezinho, olhinho, orelhinha, linguinha e o coraçãozinho. A iniciativa é resultado dos esforços do Governo do Estado do Amapá e da equipe técnica da maternidade.
O teste do coraçãozinho é realizado com o uso de um oxímetro de pulso, que mede a saturação de oxigênio no sangue do bebê. Segundo a enfermeira obstetra Maria Dalva da Rocha, gerente do Ambulatório do hospital desde 2021, o exame deve ser feito entre 24 e 48 horas após o nascimento, em bebês saudáveis com mais de 34 semanas de gestação.
“Caso a saturação esteja abaixo de 95%, o exame é repetido até duas vezes. Se o resultado permanecer alterado, o bebê é encaminhado para avaliação médica e exames complementares”, explica a profissional.
A aplicação do teste ocorre de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e tarde, diretamente nas enfermarias e nos alojamentos conjuntos. Em casos de cesariana, quando a mãe ainda está em recuperação, o exame é feito à beira do leito.
Desde a implantação, três recém-nascidos apresentaram alteração nos resultados. Um dos casos foi confirmado como cardiopatia congênita e encaminhado para tratamento especializado.
Para Keliane Magro, de 28 anos, mãe de cinco filhos, o teste foi uma novidade. “Essa foi a primeira vez que um dos meus filhos fez o exame. Já fizemos o do pezinho e da orelhinha, mas esse é essencial. Às vezes, a criança tem um problema e só vai descobrir quando já está avançado. Esse exame ajuda a prevenir isso”, contou. O pai, Orismar Silva, também acompanhou a realização do teste.

A maternidade reforça que o exame é um direito garantido por lei desde 2014 e uma importante ferramenta da política de atenção integral à saúde da criança, contribuindo para um desenvolvimento mais seguro e saudável desde os primeiros dias de vida.