Carnaval

Compositor amapaense Wendel Uchôa brilha na disputa de samba-enredo da Mangueira

Samba 11 está entre os mais comentados e exalta a cultura do Amapá na tradicional escola carioca

O compositor amapaense Wendel Uchôa segue em destaque na disputa de samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro. Representando o samba 11, a obra já ultrapassou duas fases eliminatórias e está entre as seis composições que permanecem na disputa, que começou com 15 sambas. O enredo da Estação Primeira de Mangueira para o Carnaval de 2026 é “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”. A escola irá homenagear o legado e a sabedoria popular do Amapá, através da figura de Raimundo dos Santos Souza, conhecido como Mestre Sacaca, um Xamã Babalaô e curandeiro da região. O tema celebra as tradições afro-indígenas, a força da Amazônia Negra e a sabedoria ancestral das populações tradicionais. 

Faltando apenas duas eliminatórias para a grande final, o samba tem se consolidado como um dos mais comentados pela comunidade mangueirense.

A mensagem do samba

Segundo Uchôa, a principal proposta da obra é tornar pública a magia e os encantos do Amapá, levando para a quadra da Mangueira e para o Brasil um mergulho na Amazônia Negra vivenciada pelo mestre Sacaca. “Nossa obra faz com que quem nunca veio ao nosso estado mergulhe em um transe pela Amazônia Negra, vivenciada por nosso mestre Sacaca”, destacou.

Amapalidade em destaque

O diferencial do samba 11, de acordo com o compositor, está na forte ligação com a cultura amapaense. Além da riqueza poética inspirada em suas vivências, o contato direto com a família do mestre Sacaca contribuiu para a construção da obra.

Uchôa relembra a convivência com familiares do mestre, entre eles Fábio, Eloísa, Arthur e seu Dô Sacaca, além da parceria em projetos culturais como o Marabaixo e Batuque da Juventude.

Essa identidade aparece de forma marcante no refrão: “Toca o Marabaixo, Mangueira”, exaltando uma das manifestações culturais mais autênticas do Amapá.

Recepção na quadra

A recepção do público da Mangueira tem emocionado o compositor. “Fiquei surpreso com a quantidade de pessoas cantando nosso samba na quadra, interagindo, pedindo para tirar foto e camisa do nosso samba. Está sendo muito emocionante”, contou.

Um sonho realizado

Para Uchôa, concorrer na disputa da Estação Primeira de Mangueira é mais do que um desafio artístico, é a realização de um sonho. “Eu tenho vivência no carnaval amapaense e carioca, e quem ama o carnaval sabe a importância cultural que a Mangueira tem para o Brasil e para o mundo. Saber que existe a possibilidade de o Palácio do Samba cantar uma obra que ajudei a construir é um sonho que em outras circunstâncias eu diria até impossível. Mas esse ano eu e meus parceiros estamos trabalhando muito para que seja realidade”, declarou.

Com duas etapas restantes antes da final, o samba 11 da Mangueira segue firme na disputa, levando a força da cultura do Amapá para o coração de uma das escolas de samba mais tradicionais do país.

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