Instituto do Amapá integrará as vozes da Amazônia na COP30, buscando transição para economia menos nociva ao meio ambiente
O Instituto Mapinguari, organização da sociedade civil do Amapá, marcará presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece entre 10 e 22 de novembro em Belém (PA), no Pará. A atuação da organização integra as vozes amazônidas, com o objetivo de enfrentar a crise climática, defender uma transição energética justamente, além de transformar o uso da terra, proteger as águas e as comunidades, e fortalecer a agroecologia como política pública fundamental.
A instituição se preparou para essa edição singular da Conferência por meio da fundação do Comitê COP30, coalizão com mais de 100 organizações do Norte e Nordeste que somam forças para incidir sobre governança climática coletivamente. Durante o evento, o Mapinguari fará uma participação ativa nas diversas atividades político-sociais, como o acompanhando do Grupo de Trabalho Conjunto sobre Agricultura e Segurança Alimentar (SJWA) dentro da “Zona Azul” da COP30, que visa conectar intervenções já realizadas nos territórios produtivos do Amapá.

“Na COP30, o Mapinguari leva a voz da Amazônia amapaense, que exige transformar o uso da terra e fortalecer uma agricultura resiliente, que proteja as comunidades e seus territórios. Só com transição justa e soberania alimentar construiremos um futuro climático possível”, afirma a diretora executiva do Instituto Mapinguari, Anália Barreto.

Além disso, a organização irá promover a Exposição Vozes Amazônicas, com 10 obras de artistas amapaenses que destacam a importância dos rios e das soluções agroecológicas. O Instituto também co-organiza a Tenda do Cuidado – Alimentação, Clima e Saúde, que consiste na distribuição de cestas de alimentos da agricultura familiar a famílias em vulnerabilidade.
Durante a Conferência, o Instituto apresentará ainda o Manifesto “E depois da COP30? Queremos uma Amazônia com justiça climática e transição justa!”, apoiado por mais de 40 organizações. Por fim, a instituição também irá fortalecer a Marcha pelo Clima, através da distribuição de materiais que carregam suas mensagens-chave.
“O Mapinguari se une a centenas de outras organizações do Brasil e do mundo nesse palco importante de decisões globais. E a gente chega na COP30 para debater dois temas principais: a transição energética justa e a segurança alimentar a partir de um modelo de produção agroalimentar sustentável, resiliente e justo para as comunidades locais. Acredito que o principal desafio que esse evento traz para a gente, aqui no Brasil, especialmente para nós do Amapá, é enfrentar as ameaças da exploração de petróleo na região da Bacia da Foz do Rio Amazonas, que traz essa ameaça tanto para as populações locais, quanto para as médias climáticas globais”, destaca o diretor técnico do Instituto Mapinguari, Yuri Silva.







