Polícia

Operação Cobro Final: quase R$ 120 mil são encontrados em cofre em esquema de agiotagem no Amapá

As investigações da Operação Cobro Final avançaram nesta segunda-feira (15) com a abertura de um cofre apreendido durante o cumprimento de mandados na semana passada. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Amapá (MP-AP), em conjunto com a Polícia Federal.

No interior do cofre, os investigadores encontraram R$ 118.760 em dinheiro, além de documentos e materiais diretamente ligados ao esquema de agiotagem investigado. Entre os itens apreendidos estão contratos de aquisição de imóveis utilizados em benefício da organização criminosa e cartões empregados na oferta de empréstimos ilegais.

Segundo a promotora de Justiça e coordenadora do GAECO, Andréa Guedes, o cofre estava em uma residência ligada ao líder da organização criminosa.

“Na tarde de hoje, dia 15, conseguimos abrir um cofre blindado apreendido em uma residência do colombiano líder da organização criminosa investigada. Em seu interior também foram encontradas diversas munições de uso restrito e permitido, além de outros contratos de pessoas que realizaram empréstimos em dinheiro com os investigados”, informou.

Esquema criminoso

A Operação Cobro Final foi deflagrada na última quinta-feira (11), com o cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão preventiva nos municípios de Macapá (AP) e Teresina (PI). O alvo é uma organização criminosa formada majoritariamente por cidadãos colombianos, especializada em empréstimos ilegais com juros diários e extorsivos, prática conhecida na Colômbia como “cobro”.

De acordo com as investigações, o grupo utilizava métodos violentos de cobrança, incluindo ameaças à integridade física e à vida das vítimas. Em casos de inadimplência, bens materiais eram tomados como forma de pagamento.

Entre os anos de 2023 e 2025, a organização criminosa teria movimentado mais de R$ 60 milhões. Para ocultar a origem ilícita do dinheiro, os investigados mantinham um complexo esquema de lavagem de capitais, utilizando empresas de compra e aluguel de veículos, além de contas bancárias em nome de terceiros para pulverizar os valores.

Disque-denúncia

O Ministério Público do Amapá reforça a importância da colaboração da população. Informações que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas ao disque-denúncia do GAECO, pelo telefone (96) 99115-9123, com garantia de sigilo.

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