Patrimônio Cultural Imaterial do Amapá, Banco da Amizade celebra 54 anos de histórias, afetos e resistência
Evento acontece nesta sexta-feira, 26/12, no Laguinho.
Na calçada da Rua General Rondon, no coração do Laguinho, um simples banco venceu o tempo e se transformou em símbolo. O que começou como conversa despretensiosa entre amigos, à sombra da vizinhança e do riso fácil, atravessou gerações e hoje é memória viva de Macapá. Nesta sexta-feira, 26/12, o Banco da Amizade celebra 54 anos de encontros, histórias partilhadas e boas ações.
Ali, onde a cidade desacelera para ouvir causos e celebrar a vida, o banco deixou de ser apenas concreto para se tornar tradição. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Amapá desde 2016, o espaço nasceu como ponto de encontro entre moradores do Laguinho e hoje é referência de pertencimento, identidade e resistência cultural.
A comemoração, organizada pela Associação Cultural Banco da Amizade, começa às 9h e segue ao longo do dia, no mesmo endereço onde tudo começou, entre as avenidas José Antônio Siqueira e Padre Manoel da Nóbrega, ao lado da Escola Estadual Azevedo Costa. A programação é um retrato sonoro da alma amapaense, com apresentações de marabaixo, samba, pagode, carnaval, rock e guitarrada, ritmos que contam a história do povo em forma de música.
Entre as atrações confirmadas estão DJ Adriano Neves, Beto Sete Cordas, Mulheres Pretas na Percussão, Grupo Sambart, Banda Afro Criaú, além das baterias da campeã Piratas Estilizados e da tradicional escola Boêmios do Laguinho. O comando do palco fica por conta de Adriano Neves e Célio Alicio, embalando o público em uma celebração que também partilha churrasco e bebidas, distribuídos gratuitamente.
Hoje, são os filhos dos criadores do banco que mantêm viva a chama dessa tradição, provando que amizade, quando é verdadeira, não envelhece, se renova. O Banco da Amizade segue firme, como um abraço aberto na calçada do Laguinho, lembrando que a cultura também se constrói nos gestos simples e nos encontros que viram eternidade.a
