Kelly Ramos é liberada após audiência de custódia após ser presa em flagrante por assassinato de companheiro
A Justiça concedeu liberdade provisória a Kelly Ramos durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, 29, após a morte de Yosmar Rever Camacho, ocorrida na madrugada deste domingo (28), em uma vila de kitnets localizada na Avenida Macedônia, no bairro Renascer II.
O caso mobilizou equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU e Polícia Técnico-Científica (Politec). De acordo com informações da PM, vizinhos acionaram a polícia após ouvirem gritos e suspeitarem de uma briga em um dos apartamentos da vila.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Yosmar Camacho caído ao chão, com intenso sangramento na região do pescoço. Kelly Ramos, que mantinha um relacionamento com a vítima há cerca de três meses, tentava estancar a hemorragia com uma toalha.
Segundo relatos colhidos no local, o casal consumia bebida alcoólica quando iniciou uma discussão. Durante o desentendimento, a vítima teria avançado contra Kelly, que, em meio à situação, utilizou uma garrafa de cerveja quebrada, atingindo o homem.
O Corpo de Bombeiros realizou os primeiros socorros e, devido à gravidade do ferimento, o SAMU foi acionado. Apesar dos esforços da equipe médica, a vítima não resistiu e teve o óbito constatado ainda no local.
Após a confirmação da morte, a Politec realizou a perícia técnica e a remoção do corpo. Kelly Ramos recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil. Conforme a PM, ela não apresentava lesões aparentes, não ofereceu resistência e não houve necessidade do uso de algemas.
Durante a audiência de custódia, o Poder Judiciário entendeu que, neste momento inicial, não estavam presentes os requisitos para a prisão preventiva, concedendo a liberdade provisória à acusada, que responderá ao processo em liberdade, mediante cumprimento de medidas cautelares.
O advogado de defesa, Kairon Leone, afirmou que a decisão foi correta diante do contexto apresentado.
“A audiência de custódia reconheceu que não havia necessidade de manter Kelly presa. O que ocorreu foi uma situação extrema, em um contexto de discussão, que ainda será profundamente analisada no inquérito. Ela colaborou com a polícia desde o início e seguirá à disposição da Justiça”, declarou.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil, que irá apurar todas as circunstâncias do ocorrido.
