Homem que apontou arma para policiais é preso pela Delegacia da Mulher de Santana
Uma equipe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Santana (DEAM SANTANA), deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão que resultou na prisão em flagrante de um homem de 68 anos de idade, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, tipo revólver, calibre 38, e munições. Ele não teve o nome revelado.
De acordo com a Delegada Katiúscia Pinheiro, o mandado se originou de pedido judicial da Delegacia da Mulher de Santana para busca e apreensão de suposta arma de fogo citada em uma ocorrência que apura violência doméstica praticado pelo acusado contra a ex-companheira, consistente em ameaça de morte e na qual o motivo foi que ela o teria denunciado em 2021 pela prática de estupro de vulnerável contra a prima de 13 anos de idade, em relação a qual ele foi condenado à pena de 14 anos de reclusão (atualmente em fase de recurso no Tribunal de Justiça).
O acusado, segundo a vítima, vinha proferindo ameaças de morte, nas quais ele disse que iria matá-la antes de ser preso ou, caso fosse preso antes disso, iria mandar matá-la de dentro da Penitenciária, dizendo que era culpa da vítima ele ter sido condenado por estupro de vulnerável.
No momento do cumprimento do Mandado de Busca, o homem apontou a arma municiada em direção aos policiais, tendo desistido após tratativas, sendo imobilizado, desarmado e conduzido à DEAM SANTANA, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante pelo crime de Porte Ilegal de Arma de Fogo e Munições de Uso Restrito.
Importante ressaltar a importância e parabenizar a vítima das ameaças pela coragem de denunciar tanto o crime de estupro de vulnerável praticado contra sua prima de 13 anos de idade quanto as ameaças que vinha sofrendo praticadas pelo seu ex-companheiro e suposto autor dos delitos.
Além disso, de suma importância parabenizar os policiais da DEAM SANTANA pelo desempenho e dedicação na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica, familiar e de gênero, que se colocam, no cumprimento do dever, em situações de risco hodiernamente a fim de evitar desdobramentos mais danosos, inclusive o aumento de feminicídios.
O homem negou as práticas das ameaças e justificou que possuía a arma de fogo para sua própria proteção.
Ao final, o homem foi encaminhado à audiência de custódia.
“Você, vítima, saiba que não está sozinha. Existe uma Rede de Apoio que pode te acolher. Você que é testemunha, não se cale, sua denúncia pode fazer grande diferença na vida da vítima. Disque 180, Disque 100, Disque 190 ou registre um Boletim de Ocorrência na Delegacia Virtual ou qualquer Delegacia de forma presencial”, disse a delegada Katiuscia Pinheiro.
