Carnaval 2026 - Rio de Janeiro

Mangueira divulga protótipos das fantasias de suas alas comerciais para o Carnaval 2026

Verde e Rosa investiu pesado na produção e na campanha de divulgação de suas primeiras fantasias de 2026

A Estação Primeira de Mangueira lança nesta terça-feira, 23, a divulgação dos protótipos das fantasias de suas alas comerciais para o próximo Carnaval. São fantasias que estarão distribuídas em sete diferentes alas. As informações sobre valores e vendas já estão disponíveis nas redes sociais da agremiação.

Para o carnavalesco Sidnei França, todo o cuidado que envolveu tanto a produção dos protótipos quanto a campanha para a sua divulgação demonstram um cuidado com cada etapa de produção do carnaval. “Estamos dialogando com a nossa comunidade e também com pessoas do mundo inteiro que estão de olho em cada passo dado rumo à Avenida”, avalia.

Um desfile voltado para a comunidade e a diretoria da Verde e Rosa também fez parte da divulgação. O encontro aconteceu na Cidade do Samba no dia 8 de outubro. Na ocasião, a presidente Guanayra Firmino reafirmou o seu compromisso de não medir esforços para que a Mangueira traga o título para sua comunidade. Ela também reafirmou o desejo de que a agremiação faça justiça ao homenageado do enredo, Mestre Sacaca. Guanayra ainda fez muitos elogios ao trabalho do carnavalesco Sidnei França que, segundo ela “foi a melhor coisa que poderia ter acontecido”.

Sidnei apresentou toda a equipe envolvida no processo de produção das fantasias e dos protótipos, desde a pesquisa até a execução no barracão. E o intérprete Dowglas Diniz acompanhou passo a passo com o samba-enredo a apresentação de cada ala, emocionando os presentes.

A Estação Primeira de Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026 o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, que mergulha na história afro-indígena do extremo Norte do país a partir das vivências de Mestre Sacaca. O enredo dá início ao triênio do centenário da agremiação.

Alas:

Ala 05 – Aldeamentos nos Afluentes do Uaçá
O Xamã Babalaô passeia pelos rios tucujus, estradas de águas doces que cercam diversas comunidades e conectam diferentes populações tradicionais amapaenses, inclusive as indígenas. Inspirada nas malocas e nas padronagens da região do Oiapoque, a ala faz alusão aos povos originários com quem Mestre Sacaca trocou ensinamentos fundamentais durante a sua trajetória.

Ala 08 – Ritual Sagrado da Colheita
Relembrando a relação do Xamã Babalaô com a medicina ancestral, compreendemos a floresta como provedora de elementos fundamentais para as receitas de cura, como garrafadas, chás, infusões, banhos e simpatias. Mestre Sacaca, encantado, continua estabelecendo uma relação de troca com o ambiente em que estava inserido, colhendo folhas e frutos emprestados pela natureza.

Ala 15 – Andarilho da Floresta
Homem da natureza, o Xamã Babalaô atravessa a mata como um andarilho, detentor das sabedorias afro-indígenas da Amazônia Negra. Espalhando saberes e deixando rastros de cura por onde passa, o Doutor da Floresta respeita os ciclos e demonstra a riqueza da Amazônia: aquilo que se faz com ela para mantê-la e manter a todos de pé. Por essa razão, a fantasia se ampara nas visões sobre a floresta, trazendo objetos de trabalho de Sacaca, como a “capanga”, bolsa que sempre o acompanhava em suas atividades medicinais.

Ala 16 – Çai erê, Sairé: O Toque Indígena do Carvão
Os tambores evocam o Xamã Babalaô para se reencontrar com a cultura e as musicalidades amazônicas, sempre defendidas por Sacaca. A ala rememora a origem dos toques do Sairé, introduzido pelo catolicismo às populações originárias. A manifestação se transformou e hoje é praticada pela comunidade do Carvão. O seu nome tem origem na expressão “Çai Erê”, uma saudação indígena.

Ala 20 – Vominê no Festejo de São Tiago
Importante manifestação cultural tucuju, a Festa de São Tiago ocorre em julho, em Mazagão Velho, e atrai vários amapaenses para a sua comemoração. Nosso Xamã Babalaô também passeia pela cerimônia que utiliza as caixas de guerra como inspiração para o toque dos tambores, anunciando as tradições mouras e cristãs que permanecem nessa região. O figurino é inspirado nos trajes dos personagens dos festejos de São Tiago e na cavalaria que participa dessa cerimônia, ilustrando o povo que aprendeu a transformar a sua história em batuque.

Ala 23 – O Legado dos Mastros Negros
O Xamã Babalaô se eterniza em diversos elementos que formam a Amazônia Negra, como os mastros, prática cultural presente na negritude amapaense representada por Sacaca. Levantar seus estandartes, bandeiras e pavilhões se tornou uma forma de afirmação de comunidades afro-brasileiras. Por isso, manifestações que se utilizam do mastro são representadas nesta ala, tais quais as que celebram São Benedito, festejado santo negro. O Xamã Babalaô segue como coluna de memória que resiste ao tempo e às tentativas de apagamento.

Ala 25 – O Vigor da Fibra do Cipó-Titica
O nosso Xamã Babalaô se eterniza em elementos fundamentais da Amazônia Negra, inclusive o cipó-titica. Uma das materializações tucujus, é ele um símbolo da força que tece diferentes vivências amapaenses, sendo usado pelos povos tradicionais em variadas práticas do dia a dia familiar. Presente no cotidiano naturalista dessas populações, o cipó-titica reforça a sua identidade e o sentimento de amapalidade feito à mão.

Créditos:

Direção Geral: Sidnei França
Produção e Textos: Felipe Tinoco e Sthefanye Paz
Assistência de Produção: Alan Dias e Lucas Jacintho
Maquiagens: Lucas Abelha

Direção de Campanha: Vivian Araujo
Produção Executiva da Campanha: Rafaela Bastos
Fotografia: Fabiano Albergaria
Assistente de Fotografia: Kauan Furtado
Iluminação e Efeitos Especiais: JPC Iluminação

Direção de Elenco: Aurea Moreira e Fábio Batista
Modelos da Comunidade Mangueira: Ana Gregório, Dawison Salustiano, Érika Souza, Fabrício Silva, Luiz Claudio, Marco Gonzaga e Maylon Oliveira

Cobertura: Julia (Casa Salva)/Marcos Inácio (Mangueira)
Assessoria de imprensa: Renata Rodrigues

Sobre a Estação Primeira de Mangueira:

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (ou simplesmente Estação Primeira de Mangueira) é uma tradicional escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro conhecida e admirada em todo o planeta. A agremiação, que tem nas suas cores (verde e rosa) uma de suas marcas registradas, acumula 97 anos de glórias e de histórias e é uma das mais importantes instituições culturais do Brasil. Seus símbolos, o surdo, a coroa, os ramos de louros e as estrelas podem ser vistos na bandeira da escola. Tornou-se um celeiro de bambas que despontou e inspirou lindas obras decantadas em todo o mundo. Foi fundada em 1928, no Morro da Mangueira, pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, Tia Fé, Tia Tomásia, entre outros. Sua quadra está sediada no bairro do mesmo nome. Detém vinte títulos do carnaval. Atualmente, é presidida por Guanayra Firmino, primeira mulher eleita presidente da Mangueira. (https://mangueira.com.br/)

Assessoria de imprensa:
Renata Rodrigues (21) 980382376

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