Cidades

Queda nos recursos da MacapáPrev acende alerta sobre futuro das aposentadorias municipais

O cenário financeiro da MacapáPrev tem gerado preocupação entre servidores ativos, aposentados e pensionistas da Prefeitura de Macapá. Dados recentes apontam uma redução significativa no montante aplicado para o pagamento dos inativos, o que levanta dúvidas sobre a sustentabilidade do fundo.

Ministério da Previdência Social questionou o Tribunal de Contas do Amapá (TCE-AP) sobre um rombo de R$ 221 milhões no instituto de previdência do município de Macapá, capital do estado. Entre julho de 2023 e julho de 2025, a Macapaprev teve seu caixa reduzido de R$ 176,8 milhões para R$ 39 milhões.

O levantamento também aponta a ausência de repasses patronais que totalizam aproximadamente R$ 84,2 milhões no mesmo período.

De acordo com especialistas em previdência pública, essa diminuição pode afetar diretamente o pagamento de mais de 1,5 mil aposentados e pensionistas e comprometer o futuro de 11 mil servidores municipais ativos, que contribuem mensalmente para o fundo.

Além da queda nos recursos, há registros de atrasos na entrega de relatórios contábeis e de transparência, o que impede uma análise detalhada sobre a real situação financeira do instituto.

O quadro chama a atenção em um momento nacionalmente sensível, já que o país também acompanha investigações sobre irregularidades em regimes previdenciários públicos.

Em nota, a Prefeitura de Macapá explicou que “os recursos da Macapá Previdência foram utilizados exclusivamente para o pagamento da folha de aposentados e pensionistas, conforme previsto em lei e em alinhamento com as melhores práticas de gestão previdenciária. Não houve qualquer desvio ou aplicação indevida desses recursos.

Os valores aplicados em fundos de investimentos têm como objetivo custear o pagamento da folha de benefícios previdenciários, assegurando a sustentabilidade do regime próprio de previdência.

Ademais, a Macapaprev está encaminhando ao TCE toda a documentação necessária que comprova a correta aplicação dos recursos, reforçando o compromisso com a transparência e a cooperação com os órgãos de controle.

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