Samba de Joãozinho Gomes conquista a Mangueira e será cantado na Sapucaí no Carnaval 2026
O Amapá ganhou voz e vez na Marquês de Sapucaí. O Samba 15, que tem entre os autores o poeta amapaense Joãozinho Gomes, venceu na madrugada deste domingo (28) a final do concurso de samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira e será a canção oficial da Verde e Rosa no Carnaval 2026.
A escolha foi realizada no Palácio do Samba, no Rio de Janeiro, depois de uma disputa emocionante entre quatro obras finalistas. A vitória coloca a cultura tucuju no maior palco do samba, já que no próximo ano a Mangueira apresentará o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, em tributo ao cientista popular Mestre Sacaca e às tradições do Amapá.
O governador Clécio Luís celebrou o resultado como um marco histórico:
“A Mangueira vai fazer um carnaval incrível e será campeã ao desfilar cantando a Amazônia Negra amapaense. É um momento de honra e orgulho para o povo do Amapá, porque o mundo vai conhecer ainda mais sobre a nossa terra.”
A secretária de Cultura do Estado, Clícia Vieira Di Miceli, também ressaltou a dimensão da conquista:
“Foi um show de amapalidade na quadra da Mangueira. O Samba 15 agora é o hino da Verde e Rosa em 2026, e isso é histórico para a nossa cultura.”
A final também teve a presença de outros compositores do Amapá. Entre os concorrentes estavam o Samba 103, de Verônica dos Tambores, Piedade Videira, Laura do Marabaixo, Antonio Neto, Clóvis Júnior e Marcelo Zona Sul; o Samba 105, de Francisco Lino, Hickaro Silva, Camila Lopes, Silmara Lobato e Bruno Costa; e o Samba 11, assinado por Wendel Uchôa, Alexandre Naval, Ronie Machado, Giovani, Marquinho M. Moraes e Ailson Picanço.
Assinado por Joãozinho Gomes, Pedro Terra, Tomaz Miranda, Paulo César Feital, Herval Neto e Igor Leal, o Samba 15 conquistou os 16 jurados da escola. A apresentação contou ainda com a participação especial da cantora amapaense Patrícia Bastos, que deu potência e emoção à obra.
Para Joãozinho Gomes, a vitória é motivo de orgulho coletivo:
“Cumpre o enredo e transparece a verdade. Imagino o povo amapaense cantando o nosso samba e, por meio dele, sendo cantado por milhares de vozes.”
