Vítima relata golpe após anúncio de venda de carro em Macapá
O que deveria ser a realização do sonho de comprar um carro próprio terminou em frustração e prejuízo para Heraldo da Silva, que denuncia ter sido vítima de um golpe da falsa venda de veículo, anunciado nas redes sociais e investigado pela polícia em Macapá.

Segundo Heraldo, ele encontrou o anúncio enquanto buscava um carro para comprar e foi atraído pela promessa de facilidade no financiamento. A negociação teria sido feita com representantes da empresa Alfaia Soluções, que se apresentava como intermediadora da venda do automóvel.
“Eu vi o anúncio, entrei em contato e eles garantiram que sairia com o carro financiado. Em nenhum momento me disseram que era consórcio”, relatou.

De acordo com a vítima, o veículo anunciado estava avaliado em R$ 23 mil, com financiamento de R$ 13 mil. Durante a negociação, foi exigido um valor inicial para garantir a compra. Heraldo acreditava estar adquirindo um Corsa Classic, com pagamento parcelado em 15 prestações, e assinou documentos que lhe foram apresentados como contrato de compra e venda.

Somente após realizar o pagamento, Heraldo percebeu que havia sido enganado.
“Depois que paguei, descobri que o contrato não era de compra de carro. Era um consórcio. Eu nunca autorizei isso”, afirmou.

Ao retornar ao endereço informado para retirar o veículo, Heraldo conta que passou a ouvir sucessivas justificativas para o atraso na entrega.
Nenhum veículo foi entregue. O prejuízo financeiro relatado pela vítima chega a R$ 9.797,51, valor que, segundo ele, representa uma economia construída com esforço e planejamento.

O caso ocorreu no dia 9 de dezembro e envolve os nomes de Brendo da Silva Barbosa e Ademilson Alfaia, citados no boletim de ocorrência como suspeitos, além da empresa Alfaia Soluções, apontada como responsável pela intermediação da negociação.
Heraldo afirma ainda que teria sido utilizado indevidamente o nome de uma empresa de consórcios com sede em São Paulo, sem relação com a suposta venda do veículo.
A denúncia foi registrada na polícia e o caso é investigado como estelionato, crime previsto no artigo 171 do Código Penal. As autoridades apuram também a possível prática de falsa intermediação financeira e o uso de contratos fraudulentos.
“O que eu quero agora é justiça e que outras pessoas não passem pelo que eu passei”, finalizou Heraldo.
A reportagem entrou em contato com os suspeitos para que pudessem apresentar sua versão dos fatos, mas não houve retorno.










