
A banda amapaense Marrecos Land, referência na música instrumental amazônica contemporânea, é um dos destaques do AMAJAZZON, festival internacional de jazz realizado em Belém de 28 a 30 de novembro, que reúne artistas da Amazônia, da África, da Europa, da Ásia e das Américas.
Além do show no Theatro da Paz, o grupo também promove no dia 27 de novembro, das 16h às 18h, na Escola de Música da UFPA, o workshop “Amazônia Contemporânea Instrumental”, atividade gratuita que integra o AMAJAZZON LAB, braço formativo do festival, voltada à criação musical a partir dos ritmos e das sonoridades da região.
A participação no evento marca um dos momentos mais importantes da trajetória de quase 20 anos do grupo, que nasceu no Amapá e consolidou uma sonoridade própria, marcada pela improvisação, pelo diálogo com o jazz contemporâneo e pela força de ritmos como marabaixo e batuque.

“Vamos levar músicas autorais, experimentações rítmicas e melodias inspiradas nos rios, na floresta, nas festas tradicionais e na vida urbana do Amapá. O público pode esperar groove forte do marabaixo e do batuque, harmonias contemporâneas do jazz e muita improvisação coletiva. Queremos que o público viva uma experiência sensorial de ouvir e sentir a Amazônia”, diz Miguel Neto, integrante do grupo.
Música instrumental amazônica com identidade
Ao longo da estrada, a essência do Marrecos permaneceu a mesma: criar música instrumental amazônica com liberdade, verdade e respeito às raízes. A estética do grupo combina jazz contemporâneo com células rítmicas do marabaixo e do batuque, em uma linguagem que eles definem como “improvisação com memória e pertencimento”.
“Nosso som é essa fusão do jazz contemporâneo com os ritmos do Amapá, em especial o marabaixo e o batuque. O que nunca mudou é o respeito às nossas raízes e a criação a partir do território”, afirma Miguel.
Participar de um festival internacional de jazz em um palco como o Theatro da Paz, para o Marrecos, é afirmar o lugar do Amapá e da Amazônia no mapa da música contemporânea.
“A arte ajuda a gerar sensibilidade, consciência e proximidade com o que acontece aqui. A Amazônia não é cenário: é agente ativo da criação. E mostrar isso para o mundo é fundamental”, concluiu Miguel Neto.
Com o show e o workshop, o Marrecos Land leva o Amapá a um circuito internacional de jazz e reforça que a região também produz música de vanguarda, em diálogo com o que há de mais atual na cena instrumental mundial.
Workshop: Amazônia contemporânea instrumental
No workshop, o Marrecos Land vai detalhar o processo criativo da banda e mostrar como transforma referências tradicionais em linguagem contemporânea.
“Vamos trabalhar a improvisação como linguagem universal, integrada às células rítmicas da Amazônia. Queremos mostrar como transformamos elementos tradicionais em experimentação contemporânea e incentivar cada participante a desenvolver sua própria linguagem a partir do lugar onde vive”, explica o músico.
Para o grupo, a Amazônia não é cenário, mas sujeito da criação. A região atravessa ritmos, timbres e sonoridades, e a oficina é também um convite para que jovens artistas reconheçam esse papel.
“A música carrega memória, ancestralidade e pertencimento. A Amazônia atravessa tudo o que fazemos. Nosso objetivo é inspirar novas vozes a partir da escuta do território”, completa Miguel Neto.
Serviço
AMAJAZZON LAB – Programação Formativa do Festival AMAJAZZON 2025
📍 Locais: Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), Fundação Carlos Gomes (FCG) e SESC Pará – Belém (PA)
💻 Inscrições gratuitas: https://www.instagram.com/amajazzon/
Festival AMAJAZZON 2025
📍 Local: Theatro da Paz – Belém (PA)
📅 Datas: 28, 29 e 30 de novembro de 2025
🎟️ Ingressos: já à venda na bilheteria do Theatro da Paz e online neste link – combos promocionais disponíveis para os 3 dias (ingressos limitados




