Empresário Carlos Montenegro é preso 20 anos após morte de jovem amapaense em hotel de Brasília

O empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, de 65 anos, foi preso pra Polícia Civil do Estado do Pará (PCPA), nesta terça-feira (9), em Salinópolis. Montenegro foi condenado pela morte da jovem amapaense Patrícia Oliveira, de 21 anos, ocorrida em 2005 no Hotel Gran Bittar, em Brasília.
Segundo as investigações, a jovem caiu da sacada do quarto onde estava com o empresário. Laudos e depoimentos indicam que Montenegro a teria empurrado. Ele sempre negou o crime e afirmou que a vítima teria se jogado, versão nunca aceita pela Justiça.
Prisão 20 anos após o crime
O mandado de prisão foi expedido em 10 de novembro, duas décadas após o caso. Montenegro foi localizado por agentes da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Polinter) no município de Salinópolis, no litoral do Pará.
De acordo com a PCPA, o endereço onde o empresário vivia não era o mesmo registrado na Justiça do Distrito Federal, o que dificultou sua localização.
Condenação
Montenegro foi condenado a nove anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Brasília em 2017. Chegou a ser preso em 2019, mas acabou solto. Com o trânsito em julgado do processo, sem possibilidade de recurso, foi determinada a prisão em regime fechado para início do cumprimento da pena.
Pedido negado
A defesa pediu prisão domiciliar humanitária, afirmando que o condenado é idoso e tem saúde debilitada. Um dos laudos apresentados foi assinado pela esposa, que é fisioterapeuta, alegando que Montenegro sofre de discopatia degenerativa lombar. O pedido foi negado.
Motivo do crime
Investigadores afirmam que o empresário teria empurrado Patrícia após ela recusar uma investida sexual. O Ministério Público reforçou a acusação. Montenegro continua negando e sustenta que a jovem se jogou, tese rejeitada pelas autoridades.








