Associação popular defende preservação do Museu Joaquim Caetano da Silva e alerta para necessidade de perícia técnica após paralisação de obra em Macapá

A Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular (AAFCP) divulgou uma nota pública em defesa da preservação do Museu Joaquim Caetano da Silva, um dos mais importantes patrimônios históricos e culturais de Macapá. A entidade manifestou apoio à decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que determinou a paralisação de uma obra em execução ao lado do museu, localizado no Centro da capital.
De acordo com a AAFCP, a medida do IPHAN representa um passo importante na defesa do patrimônio histórico amapaense, mas não resolve definitivamente a situação. A Associação destaca a urgência de realizar laudos técnicos de vistoria e avaliação estrutural no prédio, para identificar possíveis danos decorrentes das intervenções realizadas nas proximidades.
“O Museu Joaquim Caetano da Silva foi construído no século XIX e possui uma estrutura delicada, que exige monitoramento constante, manutenção preventiva e investimentos contínuos em conservação”, reforça a nota.
A entidade também lembra que preservar o museu é preservar a própria identidade amapaense, já que o espaço abriga parte significativa da história, da arte e da memória coletiva do estado.
Entre as medidas defendidas pela AAFCP estão:
- Realização imediata de perícia técnica sobre as condições físicas do prédio;
- Adoção de medidas emergenciais de segurança e conservação, caso sejam identificados danos;
- Transparência nas ações de acompanhamento;
- Avanço na implementação de um plano permanente de cuidado e valorização do patrimônio histórico do museu.
A Associação também lembrou que o Museu Joaquim Caetano da Silva já foi incluído em um projeto de requalificação aprovado pelo PAC Patrimônio Histórico, o que reforça a importância de fortalecer políticas públicas voltadas à proteção e valorização da estrutura.
“Preservar o Museu Joaquim Caetano da Silva é honrar nossa história e garantir o futuro da cultura amapaense. Que este episódio sirva de alerta e de impulso para políticas públicas mais eficazes de proteção e valorização da nossa memória”, conclui o documento.