Comunidade de Carnot presta homenagem à jovem Irenir e reforça clamor por justiça

A comunidade de Carnot, no município de Calçoene, viveu um momento de profunda emoção e reflexão durante a homenagem prestada à jovem Irenir dos Reis Oliveira, cuja vida foi interrompida de forma brutal em 25/10/2025. O ato simbólico reuniu familiares, amigos e moradores que se uniram para honrar sua memória e reforçar o pedido de justiça diante do crime que chocou o Amapá e o Brasil até mesmo o estrangeiro.

Irenir, lembrada como uma jovem cheia de vida, sonhos e futuro, tornou-se símbolo da luta contra a violência que diariamente ameaça e tenta silenciar mulheres em todo o país. “Ela não foi apenas ‘mais uma mulher’. Ela tinha nome, família, planos e luz. Uma luz que jamais será apagada da memória de quem a conhecia, de todos nós que sentimos essa injustiça como ferida aberta”, descreveu a autora Graciete N. Barbosa, que emocionou a comunidade com seu relato sobre a jovem.

Para preservar a história de Irenir e impedir que o caso seja esquecido, um memorial foi instalado às margens da rodovia BR-156. A estrutura simbólica busca manter viva sua memória e também servir como alerta permanente sobre a urgência no enfrentamento à violência contra a mulher.

Segundo moradores, além da homenagem, o memorial representa uma cobrança direta para que as autoridades deem celeridade ao processo e garantam que o julgamento ocorra o mais rápido possível.

Uma tragédia que virou grito coletivo
O caso ocorrido em Carnot não é tratado pela comunidade apenas como tragédia, mas como um grito por mudanças. A morte de Irenir reacendeu debates importantes sobre segurança das mulheres, políticas públicas de proteção e a necessidade de romper o ciclo da violência que, muitas vezes, é normalizado no cotidiano.

“Que a memória dela nos fortaleça. Que sua partida injusta nos faça levantar a voz, denunciar, proteger e olhar umas pelas outras. Que a justiça seja feita e que o silêncio nunca mais seja resposta”, afirma Graciete, em um trecho de sua homenagem.

Dor que une, memória que mobiliza
Familiares receberam apoio de toda a comunidade, que se compromete a manter viva a história da jovem e transformar a dor da perda em mobilização social. O gesto expressa solidariedade e reforça a luta para que nenhuma outra mulher tenha seu futuro arrancado pela violência.








