A edição 2025 do festival Macapá Verão gerou um impacto econômico estimado em R$ 117,8 milhões na capital amapaense, de acordo com dados divulgados pelo Observatório do Turismo e apresentados pela Prefeitura de Macapá nesta segunda-feira (4). O resultado considera desde a movimentação turística até as vendas de pequenos empreendedores locais cadastrados durante o evento.
Segundo a estimativa, a cada R$ 1 investido pela gestão municipal, o festival retornou R$ 6,92 para a economia. A projeção é baseada em gastos médios de turistas, permanência na cidade e volume de movimentação no comércio local, incluindo hospedagem, alimentação, transporte e serviços de beleza.
Turismo e programação nacional ampliaram a movimentação financeira
Durante o mês de julho, Macapá recebeu cerca de 24 mil turistas, sendo 16 mil estrangeiros, atraídos por uma programação que apostou em nomes conhecidos do cenário nacional. Subiram aos palcos artistas como Wesley Safadão, Pedro Sampaio, Raça Negra, Solange Almeida, Sepultura, Ira e Isadora Pompeu.
A média de permanência dos visitantes foi de cinco dias, com um gasto estimado de R$ 960 por dia. Esse valor inclui despesas com hotel, transporte, alimentação, vestuário e outros serviços, o que ajudou a impulsionar setores como hotelaria, bares, restaurantes, comércio informal e salões de beleza.
Empreendedores arrecadaram R$ 2,8 milhões
Mais de 300 empreendedores locais cadastrados pelas secretarias de Habitação (Semhou) e de Desenvolvimento (Semtradi) atuaram diretamente no evento, especialmente nas áreas de venda de comidas, bebidas e artesanato. Juntos, arrecadaram cerca de R$ 2,8 milhões, conforme a estimativa apresentada.
O maior pico de público e de vendas ocorreu no dia 19 de julho, na Praça Jacy Barata Jucá, durante o evento intitulado “Maior Rock Doido da História”, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, segundo os organizadores. Só nesse dia, os ambulantes somaram mais de R$ 500 mil em vendas, impulsionados por shows de aparelhagens como Lendário Rubi, J Som, Hippersom e Som Tropical.
Eventos em várias regiões e arrecadação solidária
Ao contrário de anos anteriores, a programação foi descentralizada e passou por diferentes regiões da cidade, como o Balneário da Fazendinha, Mercado Central, Praça Jacy Barata, Cidade Nova e os complexos esportivos do Araxá e Glicério Marques.
Além do viés cultural e econômico, o Macapá Verão também arrecadou mais de 11 toneladas de alimentos não perecíveis, fruto da participação de 12 mil atletas em 33 modalidades esportivas, com ações sociais voltadas a famílias em situação de vulnerabilidade e projetos ligados ao esporte amador.
